Voz rouca, delineado expressivo, tatuagens Pin Up, batom vermelho, mini shorts, rosa pink, lenços de cabelo e os coques mais altos que a história da Moda e da Música já viram. A jornada do Hollywood Fashion Cemetery de hoje é bela, melancólica, fashionista, autoral e um legado inestimável para a cultura mundial. Vem com a gente conferir como Amy Winehouse expressava sua forte personalidade por meio de seu guarda-roupas ousado.
Amy Jade para os íntimos, e para o público, Amy Winehouse, nos deixou há 11 anos atrás, mas nunca sentimos que nos deixou mesmo. Isso se deve ao legado que a cantora e multi-instrumentista britânica construiu em seus curtos, porém flamejantes, 27 anos de vida. Amy tinha dentro do peito um coração maior que sua caixa torácica, e por isso viveu cada capítulo de sua vida muito, mas muito intensamente. A jovem londrina podia ter uma voz grave, roupas e makes ousadas, e um pack de tatuagens espalhadas pelo corpo, mas por dentro era uma garota simples, inocente, apaixonada pelas pessoas que a rodeavam (sua família, amigos e parceiros amorosos), tímida. Amy nos fazia sentir que qualquer um de nós poderia ser como ela, porque apesar de um talento absolutamente único, sua personalidade era apenas de uma garota sonhadora. Seus dois álbuns de estúdio lançados em vida contavam com músicas cruas, sem enfeites, como se pudéssemos ler o diário pessoal dela (e ela, os nossos). Com temas frequentes como amor, coração partido, idealizações não concretizadas, vícios e escapismos, Amy comunicava de forma nua e crua como era se apaixonar, sofrer, se entorpecer, amar, e para nós, esse é o maior legado deixado pela cantora. Mas além disso, durante seu tempo sob os holofotes, Amy Jade Winehouse entregou looks ousados repletos de sex appeal, de peças vintage, e de muita autenticidade, o que fez com que seu fashion style se tornasse um dos mais famosos e copiados do mundo. Seu inimitável estilo se concretizou mesmo no universo da moda a partir de 2006, refletindo diretamente nas passarelas com grifes como Dior e Chanel canalizando Amy Winehouse em seus desfiles em 2007 e 2008.
Mas sua paixão pelo estilo vintage tem uma conexão direta com o tipo de música que Amy costumava consumir, e também, produzir. A cantora era fascinada por Jazz, e muito fã de cantores como Frank Sinatra e Tony Bennet, nomes que dominavam esse estilo de música nas décadas de 40 e 50. E sabem o que mais dominava a cultura nessas mesmas décadas? As modelos pin up. Eram chamadas assim as modelos voluptuosas, sensuais, que posavam para propagandas de revista, outdoors, linhas de maquiagem, entre outros. As pin ups eram não só figuras que vendiam sex appeal mas também figuras fashionistas, que inspiraram muito o estilo feminino de se vestir na época, e até hoje influenciam celebridades como Dita Von Teese, Christina Aguilera, Lana Del Rey, Katy Perry, Christina Hendricks e claro, Amy Winehouse herself. Itens como corsets, saltos Mary Jane, decote, hot pants, batom vermelho, delineador marcante, estampa de poá, maiôs e lenços nos cabelos são alguns dos mais conhecidos do estilo pin up. E o diferencial de Amy Winehouse era a mistura perfeita que a cantora conseguia fazer entre penteados e makes vintage com roupas contemporâneas do estilo da época (anos 2000) como mini shorts, regatas coloridas, calças jeans de cintura baixa, vestidos tubinho, entre outros.
Fora dos palcos, Amy também era muito fã de música R&B, sapatilhas de balett, camisas polo e muito, mas muito, devota da cor pink. Algumas dessas influências de moda e música que citamos são muito visíveis já no primeiro álbum da cantora, o aclamado Frank, de 2003. A personalidade forte do disco fez com que Amy e seu estilo particular atingissem a fama rapidamente. Com um título dedicado à Frank Sinatra, e uma identidade visual baseada em uma Amy sorridente cercada de muito rosa pink (nos looks da era, na capa do disco, nos letreiros, etc). Apesar de ser um álbum que fala sobre decepções amorosas, idealizações românticas que nunca se concretizaram e fortes críticas sociais ao povo londrino, esse é um disco que traz, tanto na sonoridade quanto no visual, uma Amy mais feliz.
O coque alto e encharcado de laque, a mecha branca na franja contrastando com os longos cabelos pretos, a mistura de Rock, Pop, Soul, R&B, Jazz e até Ska, fizeram com que Amy se tornasse única. Sua figura era facilmente reconhecida pelos looks sexy que mesclavam uma Amy impecável vinda dos anos 50 com uma Amy despojada e moleca dos anos ’00. E mais reconhecida que sua figura física, somente sua voz rouca e potente. Amy Winehouse tornou-se uma sensação, ultrapassando as barreiras do Reino Unido e ganhando fama mundial. Todos aguardavam ansiosamente pelo próximo projeto musical da cantora. E então veio o seu segundo (e último em vida) álbum de estúdio, o também aclamado pela crítica, Back to Black em 2006. Mas o sucessor de Frank trazia uma vibe mais dark, com muitas músicas sobre coração partido e vício em entorpecentes. A identidade visual e sonora da era Back to Black também se mostrou um pouco mais sóbria, com mais tons de preto e vermelho, uma capa sem Amy sorrindo, e um jazz mais melancólico. Mas foi durante a sua longa era Back to Black (de 2006 até a morte da cantora em 2011), foi quando Amy realmente passou a enxergar o nível de fama que havia atingido. O lado negativo dessa fama é muito conhecido por nós por se tratar de mais um de muitos casos de mulheres assediadas moralmente dentro da bolha de Hollywood, sendo os assediadores a mídia intrusiva, os tabloids sensacionalistas, os Paparazzi incansáveis. Aquela que antes era apenas uma garota britânica com um absurdo talento musical agora não podia colocar os pés na rua sem ser fotografada, não podia cometer erros sem ser julgada, e não podia mais ser dona de sua própria narrativa. A sensibilidade e fragilidade de Amy a levaram à relacionamentos amorosos abusivos e obsessivos, e o coração partido que a cantora carregava por conta de uma relação tóxica com seus pais e marido à levaram a se entorpecer cada vez mais. A cantora viciou-se em álcool e drogas injetáveis para lidar com uma vida da qual ela já não suportava mais. E a cada tropeço de Amy, cada imagem vazada da britânica fazendo uso de drogas, bebendo álcool, ficando inconsciente em festas, baladas, bancos de trás de carros, a jovem de 20 e poucos anos ia se deteriorando cada vez mais e tornava-se uma espécie de piada nos tabloids e programas de televisão. Assim como Hollywood ama uma estrela em ascensão, ela também ama projetar uma queda brutal de seus pertencentes do topo do letreiro até o fim do poço. Mas o lado positivo do alcance que a voz, o estilo e a mensagem de Amy Winehouse carregavam foi o reconhecimento que a cantora recebeu da crítica especializada, e claro, do público. O álbum Back to Black rendeu à ela 5 estatuetas do Grammy, 1 estatueta do Brit Awards e 1 estatueta do MTV Europe Music Awards. As categorias que presentearam Amy com os gramofones dourados foram de Melhor Álbum Pop Vocal, Artista Revelação, Música do Ano, Gravação do Ano, e Melhor Performance Vocal Pop Feminina.
O sucesso estrondoso de Amy lhe rendeu oportunidades que ela nunca havia imaginado para si mesma, como uma apresentação no Grammy de 2008, a gravação de duetos com seu ídolo Tony Bennet, diversas performances nos famosos festivais de música Glastonbury e Lollapalooza, apresentações em diferentes edições do Brit Awards e claro, turnês mundiais. E foi em 2006 que Amy contatou uma conhecida sua, a fashion designer Naomi Parry, e propôs uma parceria fashionista entre as duas. E a partir de então, Parry passou a vestir Amy para todos os eventos, shows e aparições da cantora. No aniversário de 10 anos do álbum Back to Black, em 2016, a própria Naomi Parry escreveu um artigo para a Instyle contando sobre a sua experiência como estilista pessoal do ícone britânico. Em seu depoimento, a designer conta como Amy era cabeça dura, forte e ambiciosa, e como ela tentava reinar dentro de um universo dominado por figuras masculinas. Amy não abaixava a cabeça para nenhum dos homens da indústria e definitivamente não deixava que passassem por cima dela. Naomi Parry comenta que tanto ela quanto Amy tinham uma certa ‘energia masculina‘ na hora de agir, mas na hora de se vestir ambas adoravam elementos muito femininos.
“Ela adorava peças apertadas, que ficassem coladas ao corpo, salto alto, cabelo grande, e muito delineador. Um dos últimos projetos que trabalhamos juntas foi a criação de uma linha de vestidos que enfatizavam muito o seu estilo. Eles eram bem vibrantes, bem divertidos, bem curtos…todos inspirados pela turnê Brasileira que ela fez em 2007. Ela amava absolutamente um micro vestido rosa. Ela se sentia muito bem o vestindo. Era perfeito para ela.“
A designer também conta, nesse mesmo artigo para a Instyle, que desde que ela conheceu Amy, a cantora já tinha essa paixão por sapatilhas de ballet. Ela costumava usar para tudo, desde andar na rua, até apresentar-se em palcos ao redor do mundo. Amy amava usar salto alto para seus shows, mas depois de uma ou duas músicas se cansava deles, e lá estava Parry no backstage a esperando com uma pilha de sapatilhas de ballet rosa bebê. A estilista revela que Amy usava tanto, mas tanto suas sapatilhas (que tinham que ser especificamente da loja Freed of London) que ela tinha que fazer encomendas de caixas da peça. E como eram muito frágeis, elas estragavam rapidamente e iam parar em uma pilha de ex-sapatilhas, apelidado carinhosamente pela dupla de Ballet Pump Graveyard (Cemitério das Sapatilhas de Balé). Ah, e as sapatilhas deveriam sempre ser de cetim.
E além das claras referências ao estilo pin up das garotas dos anos 50, Amy também incorporava em seu estilo referências fashion das décadas de 60, 80 e 90. Alguns exemplos são os penteados de Brigitte Bardot, o estilo das garotas que andavam com mafiosos e gangsters, a personagem Alabama do filme True Romance (interpretada pela incrível Patricia Arquette em 1993) que é uma prostituta que ao se apaixonar por um homem aficionado por Elvis Presley acaba colocando os dois em uma confusão envolvendo uma maleta repleta de cocaína e muitos, mas muitos mafiosos. Até mesmo o filme Planet Terror (2007), que a cantora assistia obsessivamente era uma inspiração fashion para ela. E sim, esse é o filme em que Rose McGowan têm uma metralhadora no lugar de sua perna direita e mata figuras masculinas de forma sangrenta à la Quentin Tarantino, que ajudou a produzir o longa. E como dito anteriormente pela estilista pessoal de Amy, a cantora adorava vestidos curtinhos e apertados, o que, às vezes, era difícil de encontrar já que Amy era muito magra. Mas Naomi Parry conta que muitos estilistas faziam o micro vestido acontecer para Amy, mencionando grifes como Luella, Betsy Johnson e Dolce & Gabbana. Os vestidinhos costumavam ser decotados, livres de alças, e repletos de cores vibrantes, estampas (floral, xadrez, poá), e paetês. Era o glamour contrastando com uma make mais caseira e desalinhada, transformando Amy Jade em Amy Winehouse, uma artista de estilo único. Em um artigo do jornalista de moda Christian Allaire para a Vogue em 2022, Amy recebeu o título de Eterna Rainha do Estilo Retrô Rockabilly, e seu estilo foi chamado de inimitável.
Entre as muitas influências culturais que Amy e sua estilista citaram como partes fundamentais da construção da persona fashionista Amy Winehouse, também é considerada sua vivência nos bairro de Camden e Southgate em Londres. Os lugares são conhecidos por abrigar os mais diversos tipos de pessoas e estilos como Rockabilly, Punk e Indie, fenômeno que Amy observou de perto desde criança já que era nascida e criada por lá. Outras peças chaves para Amy quando se tratava de moda eram grandes e largos cintos (bem apertados na cintura, dando um aspecto de voluptuosidade e curvas ao seu corpo), pilhas e mais pilhas de lingeries coloridas, brincos de argola dourados e estampas no estilo old school. A fashion designer pessoal da cantora menciona inclusive um cinto específico da marca Arrogant Cat, que Amy não queria tirar por nada nesse mundo. E em relação ao seu estilo fora dos palcos, a britânica gostava da simplicidade de peças contemporâneas como mini shorts, camisas polo, suéteres xadrez, calças jeans e as famosas sapatilhas de ballet feitas de cetim. Ao final de sua vida, Amy já não gostava muito de ter muitas pessoas a rodeando, e não curtia a ideia de carregar ao seu lado toda uma entourage, então ela mesmo passou a escolher seus looks e fazer sua própria make nas turnês e eventos. Naomi Parry revelou à jornalista e redatora Claire Stern em 2016:
“Eu não trabalho mais como estilista…Eu trabalhei por um tempo depois (da morte da cantora), mas eu sentia muita falta de trabalhar com Amy. Ela é uma das últimas de sua espécie […] Ela não seguia tendências; ela era apenas ela mesma. Eu penso nela todos os dias“.
Nos dias atuais, Amy Winehouse é lembrada também por seu clássico penteado de coque alto e volumoso, chamado de beehive (colméia), sua versão única do cat-eyeliner (delineado gatinho), LBD (little black dress), sutiãs de cores vibrantes saltando para fora dos vestidos e regatas, pares de shorts cintura alta, flores no cabelo, bandanas, sobreposições, correntes de ouro, saias lápis, skinny jeans e seu famoso piercing acima dos lábios simulando uma delicada pinta. Mas o grande legado de Amy é sua potente voz, que atualmente, é uma das mais facilmente reconhecidas da indústria musical, e as letras de suas músicas, que transbordavam amor, poder e paixão. Sua influência no mundo da moda chegou até mesmo a render uma parceria com a grife britânica Fred Perry. Amy desenhou cerca de 17 peças para a coleção especial, e além de designer de roupas, ela também foi a modelo escolhida para estampar as propagandas e editoriais da marca. Amy contribuiu criativamente desenhando peças como camisas, saias e casacos em um estilo bem clássico atemporal. Sobre essa experiência, a cantora declarou para a edição inglesa da revista Glamour em 2010:
“Fiz uma coleção clássica, porque esse é o estilo da marca e o meu é parecido“.
De seu cabelo volumoso às sapatilhas de bailarina, de seus micro vestidos à suas tatuagens old school, de seu delineado preto à mecha branca por descoloração na franja, o estilo eclético e vibrante de Amy Winehouse sempre vai fascinar os amantes de moda. Seu estilo era uma expressão clara de sua personalidade forte e divertida.
Em 2007, Amy Winehouse e seu então marido Blake Fielder-Civil foram fotografados pelo polêmico artista Terry Richardson (acusado de assédio sexual por diversas celebridades). No ensaio, podemos observar um olhar mais cru sobre Amy e sua personalidade moleca e descontraída, contrastando com o visual pin up elegante e sexy e com a maquiagem parecendo impecável nas luzes do estúdio. A cantora é clicada gargalhando, usando dentes de ouro, beijando o marido (que segura uma câmera filmadora, tem como ficar mais anos 2000 do que isso?), mas também é fotografada em poses sensuais, com um ar tímido, intimista, quase romântico. Richardson é um fotógrafo conhecido por clicar celebridades dessa forma íntima e crua, quase sexualizada na maioria das vezes, especialmente mulheres em lingeries. Com certeza é um dos photoshoots que mais captaram a essência de Amy como um todo.
E em 2009, Amy também protagonizou um famoso ensaio de fotos no maior estilo Beachy Mermaid encabeçado pelo fotógrafo Bryan Adams. As fotografias desse ensaio mais tarde serviriam tanto para a capa da edição italiana da revista Vanity Fair, quanto para o aclamado álbum póstumo da cantora “Lioness: Hidden Treasures“. O álbum foi lançado alguns meses após a morte de Amy em 2011 e conta com demos nunca ouvidas pelo público antes, covers e novas versões de músicas já conhecidas como uma versão Reggae de Our Day Will Come, um cover em inglês de The Girl From Ipanema (Vinicius de Moraes, Tom Jobim), e um belíssimo dueto com seu ídolo Tony Bennet na faixa Body and Soul. O álbum também foi responsável por apresentar ao mundo a demo do famoso cover que Amy fez da música Valerie. Alguns outros tesouros escondidos no álbum são a parceria de Amy com seu ex-namorado, o rapper Nas na faixa Like Smoke, e a versão original de estúdio da música Wake Up Alone. Toda a curadoria de músicas para o disco foi feita por produtores que trabalhavam com Amy e eram amigos pessoais da cantora, como Mark Ronson e Salaam Remi.
Mas, como já conhecemos a fórmula cruel de Hollywood, Amy não conseguiu cuidar devidamente de seus problemas de saúde física e mental. E sabemos, também, que mais cruel do que a indústria hollywoodiana somente a mídia britânica. Amy sofria de bulimia desde a adolescência, e a devastadora doença misturada com os vícios que a cantora foi desenvolvendo como mecanismo de defesa para lidar com sua relação abusiva com o marido Blake Fielder-Civil, a toxicidade do controle obsessivo de seus pais sobre a sua imagem, e seu transtorno dismórfico corporal (doença que faz com que o paciente enxergue um ou mais defeitos em seu corpo de forma obsessiva) foi fatal. Amy Winehouse carregava consigo um vício em álcool e em drogas entorpecentes como heroína, ecstasy, cocaína e crack. Algumas de suas tentativas de escapismo da realidade eram flagradas por Paparazzi onde quer que ela estivesse, já não existia mais privacidade em sua vida. Qualquer imagem de Amy com um copo de whisky ou vodka em mãos, cigarros entre os dedos, cabelos bagunçados e maquiagem borrada eram imediatamente vazados para tabloids, programas de TV sensacionalistas, sites e blogs de fofoca. A indústria hollywoodiana não tinha interesse em ajudar a cantora a se reabilitar, mas tinha muito interesse em vender reportagens sobre a queda da artista, constantemente expondo todas as suas entradas na rehab, suas chegadas à hospitais por overdoses, e imagens de machucados e arranhões que Amy exibia pelo corpo (resultado de brigas físicas causadas pelo marido agressor). A fraqueza do corpo da cantora era muito grande ao final de sua vida graças ao distúrbio alimentar e o abuso de substâncias tóxicas, e algumas gotas de álcool foram suficiente para que a jovem morresse em 2011 com apenas 27 anos de idade. Esse artigo não tem intenção de abordar a fundo os problemas das quais Amy sofria, e sim, celebrar sua alegria, sua personalidade forte, sua música, seu coração puro, seu estilo fashionista e todo o seu imenso e lindo legado. Mas é importante citar, mesmo que resumidamente, a parte sombria que a sociedade e a indústria de Hollywood tiveram na vida pessoal de Amy Winehouse, afinal, ela era apenas uma jovem garota como muitas de nós que frustrou-se ao não se encaixar em padrões inalcançáveis de beleza, que sofreu por amores não correspondidos, que foi assediada por uma mídia cruel, e abusada por pessoas que ela amava. Infelizmente Amy se foi mas deixou um aprendizado valioso sobre a importância do apoio e tratamento de doenças emocionais. Que nos dias atuais possamos não soltar a mão de nenhuma outra mulher. Mas, que fique claro, o legado que a cantora e musicista deixa para nós é o que deve ser lembrado e celebrado. Muito obrigada por sua influência na música, na moda e na cultura, Amy Jade. E muito obrigada por ter brilhado de forma incandescente como a estrela que era até o fim.
Rest in Power, Amy Jade Winehouse (1983-2011).